A teoria
da janela quebrada teve como suporte uma experiência feita pelo psicólogo
americano Philip Zimbardo, que consistiu em deixar um carro em um bairro de
classe alta e outro em um bairro de classe baixa da Califórnia. O carro deixado
no bairro de classe baixa foi imediatamente danificado. Já o carro deixado no
bairro de classe alta, durante a primeira semana, permaneceu intacto, não tendo
sido danificado nem deteriorado por ninguém. Contudo, após quebrarem uma janela
do carro, este passou a ser danificado e vandalizado pela população local.
Dessa
experiência, chegou-se a conclusão de que não só a pobreza é causa do aumento
da criminalidade, mas também o descaso aos atos de desordem e vandalismo.
Assim, verificou-se que as normas sociais de convívio em sociedade são
totalmente ignoradas quando as pessoas percebem que ninguém se importa com os
atos de vandalismo. Bastou quebrar uma janela do carro e as pessoas perceberem
que ninguém se importou que todos imediatamente começaram a danificar todo o
carro.
Em
síntese, a teoria da janela quebrada expressava que caso a população e as
autoridades públicas não se preocupassem com os pequenos atos de marginalidade,
como o ato de quebrar a janela de um prédio, induziria as pessoas a acreditarem
que naquele local ninguém se importa com a desordem pública, o que levaria a
prática de delitos mais graves naquele local. Os delitos de maior ofensividade
surgem em consequência da não reprimenda aos atos de desordem e aos pequenos
delitos.
Dessa
forma, a teoria da janela quebrada esclarece como devem ser combatidos os altos
índices de criminalidade em um local: passando-se a repreender e conter os
pequenos atos de criminalidade e vandalismo, além do policiamento comunitário,
que possui grande papel na prevenção de crimes.
Anos mais
tarde (e baseado nesse estudo) se implantou a operação Tolerância Zero em Nova
York, reduzindo drasticamente a violência na cidade.